Surpreende muito que Teresa tenha começado a escrever desde
muito nova, sem nenhuma preparação literária, e sem contar com os meios básicos
para isso. Contudo, tem um estilo muito original, escreve nos mais variados
géneros literários: narrativo, introspectivo, poético, epistolar, etc. Escreve
com viva imaginação, ao ponto de introduzir novos vocábulos e símbolos
literários.
Algo mais que surpreende nela é a sua capacidade de escrever
de “seguido”; ou seja, em directo, sem elaboração prévia de esquemas. Quando
tem que redigir pela segunda vez algum escrito, fá-lo só “por obediência”. Uma
nota que mais caracteriza esta escritora singular é a espontaneidade na
linguagem “doméstica” que utiliza, ao ponto, de entrar em diálogo directo com o
leitor: “irei falando com elas (as suas irmãs) no que escreverei”, afirma no
prólogo das Moradas.
2010-03-03
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