segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

BICHO DA SEDA


bicho da seda

Em pleno coração do livro do castelo interior e dentro das quintas moradas, Santa Teresa descreve a transformação que experimenta a pessoa na oração, com um símbolo muito belo: o bicho da seda, o qual se fecha no seu casulo interior, e aí “com as suas boquitas vão fiando a seda, e fazendo uns casulos muito apertados onde se fecham… E morre este bicho, que é grande e feio, e sai do mesmo casulo uma borboleta branca muito bonita”.


Esta imagem do bicho da seda serve para que Teresa expresse melhor a mudança e a transformação da pessoa, como mistério pascal de morte e ressurreição.
No desenvolvimento desta transformação, como no processo em que o bicho da seda se metamorfoseia em borboleta, é muito importante a ação do Espírito Santo que vai ajudando nessa disposição e no nosso trabalho para não ficarmos pelo meio do caminho.

Podemos agora visualizar os diferentes elementos contidos no processo desta imagem: 
Semente: São uns bagos, como grãos de pimenta, que se convertem em larvas.
A folha da amoreira: É o primeiro espaço onde se desenvolvem, é o alimento.
Ambiente: Calor, elemento que necessita a semente para viver,  é a graça do Espírito Santo. 

Bicho da seda: É cada um de nós a partir  da perspectiva da transformação profunda. 
Tecer o casulo ou a “casa”: é um convite para construir a própria habitação, a viver a interioridade. 
Fabricar a seda, lavrar a seda: Cristo é a morada. Vive dentro de cada um. A seda é o resultado das maravilhas que Deus faz através de nós.

Trabalhos: São todos os esforços e ações que temos que fazer para corresponder à graça, para não vivermos superficialmente.

A borboleta: equivale ao “homem novo”, é o fruto da ação transformadora de Deus.
É graça, libertação.

Este símbolo é a síntese da história de todo o homem nascido para ter asas e elevar-se.

Nenhum comentário:

Postar um comentário