bicho da seda |
Em
pleno coração do livro do castelo interior e dentro das quintas moradas, Santa
Teresa descreve a transformação que experimenta a pessoa na oração, com um
símbolo muito belo: o bicho da seda, o qual se fecha no seu casulo interior, e
aí “com as suas boquitas vão
fiando a seda, e fazendo uns casulos muito apertados onde se fecham… E morre
este bicho, que é grande e feio, e sai do mesmo casulo uma borboleta branca
muito bonita”.
Esta
imagem do bicho da seda serve para que Teresa expresse melhor a mudança e a
transformação da pessoa, como mistério pascal de morte e ressurreição.
No
desenvolvimento desta transformação, como no processo em que o bicho da seda se
metamorfoseia em borboleta, é muito importante a ação
do Espírito Santo que vai ajudando nessa disposição e no nosso trabalho para
não ficarmos pelo meio do caminho.
Podemos
agora visualizar os diferentes elementos contidos no processo desta
imagem:
Semente:
São uns bagos, como grãos de pimenta, que se convertem em larvas.
A
folha da amoreira: É o primeiro espaço onde se desenvolvem, é o alimento.
Ambiente:
Calor, elemento que necessita a semente para viver, é a graça do Espírito Santo.
Bicho
da seda: É cada um de nós a partir da
perspectiva da transformação profunda.
Tecer
o casulo ou a “casa”: é um convite para construir a própria habitação, a viver
a interioridade.
Fabricar
a seda, lavrar a seda: Cristo é a morada. Vive dentro de cada um. A seda é o resultado
das maravilhas que Deus faz através de nós.
Trabalhos:
São todos os esforços e ações que temos que fazer para corresponder à graça,
para não vivermos superficialmente.
A
borboleta: equivale ao “homem novo”, é o fruto da ação transformadora de Deus.
É graça, libertação.
Este
símbolo é a síntese da história de todo o homem nascido para ter asas e
elevar-se.
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