tag:blogger.com,1999:blog-333215630993353668.post2856913717318485901..comments2023-05-02T07:07:59.301-03:00Comments on LUGAR DE PARTILHA - Lendo juntos Santa Teresa de Jesus: Capítulo 11Unknownnoreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-333215630993353668.post-88159937725859736232010-08-23T16:07:29.032-03:002010-08-23T16:07:29.032-03:00Reflexão sobre os Cap. 10 a 22 - Teologia Mística....Reflexão sobre os Cap. 10 a 22 - Teologia Mística.<br />Penso que a síntese deste tratado de oração de Teresa é: a Santa Madre nos pega pela mão e nos conduz por um caminho seguro, onde nos encontraremos com o Senhor. <br />Com sua pedagogia peculiar, Teresa nos ensina como devemos proceder, qual há de ser a nossa parte para que o diálogo com Deus se realize. Assim, ela nos ensina que o recolhimento dos sentidos, ou silenciar-se, ou, ainda, o esvaziar-se interiormente de toda preocupação, atividade, tentação, é tarefa da alma. E, de fato, sabemos, não é pouco trabalho... Com efeito, evidencia-se aqui a "determinada determinação", ou o desejo íntimo e profundo de estar com o Senhor, de encontrar-se com Ele na oração. Isto é tarefa da alma. <br />A oração de quietude é uma resposta do Senhor, que já começa a elevar a alma a graças sobrenaturais. O silenciar-se é tarefa da alma, o elevar-se é graça de Deus. <br />E assim continua Deus a agir na alma no terceiro e quarto graus de oração, onde a alma fica praticamente passiva, unindo-se ao Senhor.<br />Como não ficarmos extasiados diante dos efeitos produzidos pela oração na alma? "A alma fica suspensa, a vontade ama, a memória parece quase estar perdida, o intelecto não discorre, mas também não se perde, entretanto também não age". "A alma não sabe o que fazer: se fala, se fica em silêncio, se ri ou se chora. É um glorioso desatino, uma loucura celestial". Diz, ainda, a Santa Madre: "Os prazeres obtidos na oração devem ser os dos que estão no céu". <br />Teresa, ao narrar suas experiências de oração, convence-nos de que é possível a nós trilharmos este caminho, desde que o busquemos de todo o coração, pois o Senhor não nos deixa sem resposta. Assim nos assegura o Eclesiástico: "Considerai, meus filhos, as gerações humanas: sabei que nenhum daqueles que confiavam no Senhor foi confundido. Pois quem foi abandonado após ter perseverado em seus mandamentos? Quem é aquele cuja oração foi desprezada?"<br />Penso que os ensinamentos da Santa Madre são para nós um grande incentivo. Sabemos das exigências da oração, mas também sabemos que esforçar-nos por permanecermos na amizade com o Senhor é fonte de alegria e paz interior perenes. Sigamos, pois, em frente, pois Teresa estende para nós a sua mão de mãe para nos conduzir rumo às alturas da experiência de intimidade com o Senhor. Amém.Tânia Stella da Silva Alegrehttps://www.blogger.com/profile/15990645108593250702noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-333215630993353668.post-46283796667686340532010-07-22T09:16:38.199-03:002010-07-22T09:16:38.199-03:00NOTAS
1. O vocabulário das experiências místicas...NOTAS<br /><br /> 1. O vocabulário das experiências místicas. - Embora, segundo a autora, os diferentes termos técnicos recordados ao iniciar o capítulo sejam sinônimos (“tudo é o mesmo”, “estes diferentes nomes indicam uma única realidade”), anos mais tarde indicará suas nuanças características: “arroubo e suspensão - dirá - a meu ver são idênticos” (Rel 5,7). Há pequenas diferenças entre arroubo e arrebatamento (ib. 9). Também os vôos de espírito (ib. 11) e os ímpetos (ib. 13) apresentam matizes diferentes. No trecho paralelo das Moradas, repetirá novamente “ que tudo é o mesmo a seu ver” (6M 4 título)<br /> 2. Cronologia do texto. - No relato autobiográfico de Vida, este capítulo refere as experiências finais na série das vividas pela santa até esse momento (fim de 1565). Faz pouco que cessaram os arroubos ostentosos (n. 5). Continua vivendo intensamente o sofrimento de ausência (n. 9). Padece a miragem de uma possível morte iminente (n. 13). Todavia em data tardia, ao reler o próprio texto, acrescenta-lhe uma nota marginal (fólio 55r do autógrafo), em que insiste: “digo que estes ímpetos acontecem depois das graças que aqui narro e que o Senhor me concedeu” (fim do n. 15). - Contudo, mesmo que os capítulos seguintes (por exemplo 32-36) referem acontecimentos cronologicamente anteriores, vai escrevê-los todos aqui e agora, no estado de tensão referido no presente capítulo.<br /> 3. Referências bíblicas no capítulo. - São mais de meia dúzia os trechos bíblicos evocados no presente capítulo. Todos eles referidos expressamente à experiência da Santa. Prevalecem os textos dos salmos: quatro ao todo. A própria Santa adverte ao citá-los: “devo observar que eu não sabia bem o significado desses versos em romance e, quando pude entendê-los, consolei-me por ver que o Senhor os tinha trazido à minha mente sem que eu o procurasse” (n. 11).<br /> de Thomaz alvarezRose Lemos OCDShttps://www.blogger.com/profile/07394894592080658114noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-333215630993353668.post-31593641519365883342010-05-27T23:42:04.823-03:002010-05-27T23:42:04.823-03:00Para mim este capítulo é maravilhoso porque nele S...Para mim este capítulo é maravilhoso porque nele Santa Teresa relata seu primeiro ensinamento, ou seja, explica por meio de símbolos a sua experiência em oração. Introduz a oração teresiana.<br /> Não consigo lê-lo de outra forma a não ser meditando e sentindo o sabor de ser eu as vezes poço, fonte,flor e jardineiro e as vezes é Deus o poço, a fonte e o jardineiro, mas a água é sempre a Sua graça. Tudo isso me leva a esta experiência:<br />Ora, tenho balde<br />e não acho o poço.<br />Ora, encontro o poço<br />vazio. <br />Ora, oro somente<br />e cai chuva torrente.<br /><br />E quando reflito as flores deste jardim chego a conclusão que:<br />As flores mais lindas<br />são regadas com<br />suor e lágrimas<br />e ofertadas à Deus <br />com alegria.<br />Rosas perfumadas<br />são regadas<br />com água do poço<br />e serve aos irmãos<br />com alegria.<br />Jardim florido<br />é regado por Deus<br />e alegra a terra<br />que sou eu.<br /><br />O grande mistério disso tudo é encontrarmos conosco mesmo através deste caminho que Santa Teresa nos propoe e nos instrui tão bem a partir deste capítulo. Basta determinarmos em estar sempre a caminho rumo a fonte. <br /> “A viagem mais longa<br />É a viagem para o interior<br />Daquele que escolheu seu destino,<br />Que iniciou a busca<br />Da fonte do seu ser.<br />Existe uma fonte?<br />Está sempre contigo<br />A sós, no mais profundo. “ (Dag Hammarskjöld, Markings)Marisahttps://www.blogger.com/profile/13466527079393220900noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-333215630993353668.post-61487003472202336682010-05-26T15:45:26.592-03:002010-05-26T15:45:26.592-03:00"Que fazeis Vós, Senhor meu, que não seja par..."Que fazeis Vós, Senhor meu, que não seja para maior bem da alma que já sabeis ser Vossa e que se põe em Vosso poder para seguir-Vos por onde fordes, até a morte na cruz, determinada a ajudar-Vos a carregá-la e a não Vos deixar sozinho com ela? Quem vir em si essa determinação... de modo algum deve temer. Não tem razão para afligir-se quem se dedica às coisas do espírito. Estando já no nível tão alto que é o do desejo de ficar a sós com Deus e de renunciar aos passatempos do mundo, a alma fez a maior parte. Louvai por isso Sua Majestade e confiai em Sua bondade, pois Ele nunca faltou aos seus amigos."<br />Penso estar aqui a grande mensagem deste Capítulo. Uma vez iniciado o caminho da oração, deve a alma entregar-se ao Senhor, permitindo que Ele a conduza. Penso ser este o significado da "determinação" que a Santa Madre nos indica - permitir que o Senhor nos conduza.<br />A determinação é fruto de nossa conversão, rompendo com as seduções do mundo. A determinaçao está em ser perseverante no caminho de oração, como diálogo com Deus, adorando-O, bendizendo-O, louvando-O. A determinação está também em crer que tudo é conduzido pelo Senhor, pois não cai uma folha da árvore sem que Ele assim o permita. A determinação também expressa nossa adesão à vontade do Senhor, entregando-Lhe todo o nosso ser e nossos cuidados. Por fim, a determinação encerra em si a confiança em Deus e o abandono aos desígnios do Pai: "Fazei Vós, Senhor, o que quiserdes. (...) Faça-se em mim, de todas as maneiras, a Vossa vontade, e não permitais que uma coisa tão valiosa quanto o Vosso amor seja dada a quem só Vos serve em busca de consolações". A determinação está em seguir ao Senhor no Tabor e no Calvário, como uma resposta ao Seu imenso amor por cada um de nós, e não para buscar na oração gostos, consolos. Não podemos nos servir da oração para alcançarmos satisfações humanas - isto seria servir-se de Deus e não servir a Deus.<br />Uma vez tendo a alma esta determinação, não há o que temer, mesmo diante da aridez e da secura, quando não se consegue tirar a água do poço. Pois mesmo a secura é permitida por Deus por um desígnio maior que nosso entendimento humano.<br />Finalmente, fica para nós o grande conselho da Santa Madre: "(...) importa muito que não nos atormentemos nem nos aflijamos com essas securas, com a inquietude e com a distração nos pensamentos. Quem quiser obter liberdade de espírito e não ficar sempre atribulado deverá começar por não se espantar com a cruz; se o fizer, verá que o Senhor também ajuda a levá-la, e viverá contente e tirando proveito de tudo." Portanto, que nada nos perturbe, nada nos amedronte, pois o que o Senhor quer de nós é nossa determinaçao em segui-Lo e servi-Lo.Tânia Stella da Silva Alegrehttps://www.blogger.com/profile/15990645108593250702noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-333215630993353668.post-46864146358489942822010-05-21T11:13:38.669-03:002010-05-21T11:13:38.669-03:00Os capítulos 11 ao 22 do Livro da Vida são um pequ...Os capítulos 11 ao 22 do Livro da Vida são um pequeno tratado de oração. Neles, a oração é comparada a um jardim, onde Deus passeia e onde há flores e perfumes e também ervas daninhas. Este jardim precisa ser cuidado e regado. Parece que aqui Santa Teresa se apropria do estilo de parábolas, que Jesus utiliza no Evangelho. O jardim é nossa alma; a água é a oração; o jardineiro é a pessoa que deve regar este lugar, onde Deus quer deleitar-se. <br />Teresa explica, à sua maneira, os graus da oração e nos conduz a quatro graus, que ela representa em seu jardim. Apresenta quatro maneiras de regar as flores. Estas flores são as virtudes e, com seu perfume e beleza, o Senhor quer deliciar-se. O Senhor passeia pelo jardim e também o rega com suas graças, que possibilitam o crescimento de todo o bem na alma. Porém, a comunicação com Deus, pela oração, necessita de nosso esforço.<br />No capítulo 11, Santa Teresa repete por mais de dez vezes a palavra “determinar-se”. Não cansa de afirmar a importância de nossa colaboração e sabe, por experiência, que as coisas de Deus não funcionam se nelas não colocarmos “uma determinada determinação” (cf. CV 21,2; CE 35,2). O caminho da oração, - “Ser servos do amor, que não me parece outra coisa senão determinarmo-nos a seguir por este caminho de oração Aquele que tanto nos ama” (cf. V 11,1), - não será possível sem a clara decisão de entregarmo-nos à comunhão com Deus, presente no mundo, desapegando-nos das coisas terrenas e dedicando-nos inteiramente às do céu. <br />Aqueles que se determinam “morrer por Cristo, e não alegrar-se por Cristo” (cf. CE 15,3; CV 10,5), encontrarão o caminho da oração, porque sabem que o mesmo caminho trilhado por Cristo deverá ser trilhado pelos que O seguem. Não é verdadeira amizade quando se busca o Amigo para a própria satisfação ou consolo. Na oração, nossa amizade com Deus deve ser robustecida pelos sofrimentos e pelas dificuldades, como quem busca água no poço para irrigar o jardim e muitas vezes o encontra seco.<br />Para o caminho da oração “a alma não deve ser arrastada bruscamente, mas levada com suavidade, para seu maior aproveitamento”, esclarece Santa Teresa. Importa ter “discrição”, no trato com a alma, não a obrigando fazer o que não pode. Distrações virtuosas podem nos fazer entender que em tudo servimos ao Senhor. Atender também ao corpo, com amor, pode nos ajudar a “ir ao poço quando ele está seco, sabendo que não poderemos enchê-lo de água”. Não nos afligir com essas securas, com as distrações e com a inquietude nos dá liberdade de espírito para não nos espantarmos com a Cruz, pois o Senhor nos ajuda a levá-la e também nos faz correr ao poço, quando houver água, para irrigarmos e multiplicarmos nossas virtudes.maria ignezhttps://www.blogger.com/profile/13327301857084594616noreply@blogger.com